19 de outubro de 2011

O que faz um gerente de projetos de TI???

A área de TI está muito abrangente, cada vez mais a necessidade de descentralização de atividades e assim, uma distribuição de funções. Dentre as funções está o gerente de projetos, como o nome já diz, sua função principal é gerenciar um projeto em todos seus estágios. responsável pelo sucesso final de um projeto, esta pessoa é responsável pela totalização do projeto.



Qual o papel do gerente de projetos de TI?


O gerente de projetos pode assumir múltiplas funções, não somente gerenciar o projeto em questão, em muitas vezes é necessário que ele trabalhe em conjunto com a equipe e realize funções diversas.

O gerente de projeto além de gerenciar e controlar todo o trabalho deve:
  • Atribuir aos membros da equipe as funções de cada um, repassando os prazos e também orçamentos;
  • Identificar, documentar, gerenciar e solucionar todos os problemas que possam surgir;
  • Realizar o controle de qualidade e assim proporcionar um nível de qualidade aceitável;
  • Cobrar de cada membro da equipe para que a função designada esteja sendo realizada com sucesso;
  • Verificar cada etapa do projeto e assim, podendo passar para a fase seguinte;
  • Verificar a finalização do projeto e realizar um levantamento dos erros e acertos.


Abaixo algumas qualidades que um gerente de projetos deve ter:
  • Disciplina e capacidade de gerenciar e coordenar um projeto;
  • Capacidade de atribuir funções e cobrar para que todas estejam sendo realizadas no prazo hábil;
  • Ter espírito de liderança para fazer com que a equipe siga todas as suas designações;
  • Capacidade emocional para gerir uma equipe e fazer com que ela sinta-se motivada para desenvolver as atividades atribuídas.


Abaixo uma tabela de valores salariais orientativos de gerente de projetos em TI:
Cargo Cidade Mínimo(CLT) Médio(CLT) Máximo(CLT)
Gerente de Projetos BARUERI - SP
R$ 5.000,00
R$ 8.196,50
R$ 11.170,00
Gerente de Projetos BELO HORIZONTE - MG
R$ 2.000,00
R$ 5.972,59
R$ 10.080,00
Gerente de Projetos BRASILIA - DF
R$ 2.500,00
R$ 7.279,73
R$ 12.200,00
Gerente de Projetos CAMPINAS - SP
R$ 5.000,00
R$ 7.630,46
R$ 11.100,00
Gerente de Projetos CURITIBA - PR
R$ 3.250,00
R$ 6.776,96
R$ 11.100,00
Gerente de Projetos FLORIANOPOLIS - SC
R$ 4.000,00
R$ 6.285,71
R$ 8.000,00
Gerente de Projetos FORTALEZA - CE
R$ 4.500,00
R$ 7.200,73
R$ 10.000,00
Gerente de Projetos GOIANIA - GO
R$ 4.000,00
R$ 6.717,74
R$ 9.800,00
Gerente de Projetos HORTOLANDIA - SP
R$ 4.500,00
R$ 7.053,33
R$ 10.000,00
Gerente de Projetos JAGUARIUNA - SP
R$ 5.500,00
R$ 8.083,33
R$ 10.050,00
Gerente de Projetos JOINVILLE - SC
R$ 4.500,00
R$ 6.628,57
R$ 10.000,00
Gerente de Projetos JUIZ DE FORA - MG
R$ 4.000,00
R$ 7.134,29
R$ 10.000,00
Gerente de Projetos JUNDIAI - SP
R$ 6.000,00
R$ 7.926,11
R$ 10.000,00
Gerente de Projetos MACEIO - AL
R$ 6.000,00
R$ 7.188,42
R$ 10.000,00
Gerente de Projetos OSASCO - SP
R$ 6.000,00
R$ 7.975,61
R$ 10.025,00
Gerente de Projetos PORTO ALEGRE - RS
R$ 3.800,00
R$ 6.559,20
R$ 9.500,00
Gerente de Projetos RIO DE JANEIRO - RJ
R$ 3.750,00
R$ 7.985,26
R$ 12.200,00
Gerente de Projetos SALVADOR - BA
R$ 4.000,00
R$ 5.961,80
R$ 9.000,00
Gerente de Projetos SANTOS - SP
R$ 6.900,00
R$ 8.526,09
R$ 10.000,00
Gerente de Projetos SAO PAULO - SP
R$ 3.500,00
R$ 7.959,58
R$ 13.300,00
Gerente de Projetos UBERLANDIA - MG
R$ 5.000,00
R$ 7.512,21
R$ 10.000,00
Gerente de Projetos VITORIA - ES
R$ 5.000,00
R$ 7.845,51
R$ 10.000,00
(Fonte: http://www.ceviu.com.br/salario/tabela-pretensao-salarial-gerente-projetos)


Retirado: http://www.oficinadanet.com.br/artigo/gerencia/o-que-faz-um-gerente-de-projetos-de-ti


Leia mais no Oficina da Net: O que faz um gerente de projetos de TI

17 de outubro de 2011

GERENCIAMENTO DE RISCO: COMO GARANTIR O SUCESSO DOS PROJETOS DE TI ?


Os projetos de Tecnologia de Informação possuem características marcantes, que os diferencia dos demais – são projetos onde o controle sobre as incertezas e as indefinições é um forte fator  de determinação do sucesso ou do fracasso do empreendimento. Os projetos de TI iniciam-se com vagas idéias do que se deseja, pouco conhecimento do processo e quase nenhuma visão dos resultados. Este é um cenário normalmente encontrado, que requer grande esforço da equipe de TI e, principalmente, muita atenção do Gerente do Projeto para transformar desejos dos usuários em um ferramental que torne os seus clientes mais competitivos para o mercado. Gerenciar este ambiente desconhecido é o propósito que as novas técnicas de gestão buscam resolver, entre elas está o Gerenciamento de Risco.
A indústria de Tecnologia de Informação está evoluindo e desenvolvendo metodologias, técnicas e instrumentos para que os projetos de TI sejam mais previsíveis e que alcancem seus resultados no prazo, dentro do orçamento e com a qualidade previamente especificada. O Gerenciamento de Risco é uma técnica  recente e ainda é muito pouco empregada, mas representa um grande instrumento para o Gerente do Projeto.
Vamos entender o significado do Risco. O Risco não é um problema, mas sim a possibilidade de algo que poderá ocorrer no futuro. O Risco é tratado como uma probabilidade de um fato vir a acontecer e qual seu efeito sobre o projeto. Os resultados podem ser negativos, como aumento dos custos, ou positivos, como atraso de cronograma que propiciou a chegada de uma nova tecnologia mais eficiente e barata. O Risco é parte de qualquer atividade e não pode ser eliminado. Nem todos os riscos são conhecidos e a sua existência pode proporcionar  momentos de aprendizagem e de desenvolvimento de novas soluções.
As principais fontes de riscos em projetos de TI são a tecnologia, o hardware, o software, as pessoas (clientes e fornecedores; usuários e equipe de TI), os prazos e os custos.
O Project Management Institute (PMI -    www.pmi.org), em seu Universo do Conhecimento do Gerenciamento de Projeto – o PMBOK ( Project Management  Body of Knowledge) trata de nove áreas do conhecimento, sendo o Gerenciamento de Risco uma delas. As outras são Integração, Escopo, Tempo, Custo, Qualidade, Recursos Humanos, Comunicações e Subcontratações. O PMBOK define quatro processos para o Gerenciamento de Riscos de Projetos: Identificação do Risco; Quantificação ; Desenvolvimento da Resposta e Controle das Respostas.
A identificação do risco consiste em determinar quais riscos são relevantes e podem afetar ao projeto e em documentar as características de cada um. A identificação ocorre ao longo de todo o projeto e verifica riscos internos e externos. Uma lista de verificação de riscos possíveis é uma boa orientação para o Gerente de Projeto iniciar esta tarefa, mas não se deve esquecer que nem todos os riscos são conhecidos.
A quantificação dos riscos envolve uma avaliação do risco e sua interação com os resultados do projeto. A cada situação de risco pode ser analisado os valores pertinentes ao projeto, levando-se em conta as probabilidades do risco ocorrer e do que pode representar em termos de alteração de custos e de prazos. Algumas técnicas matemáticas de simulação são usadas, a mais comum é a análise de Monte Carlo, um algoritmo iterativo. Cálculos estatísticos e árvore de decisão também são úteis, dependendo do projeto e de seus riscos.  Os números apresentados são indicadores, mas a análise de um especialista experiente é fundamental para uma correta interpretação e entendimento dos riscos e suas conseqüências. Os programas @Risk (www.palisade.com), Risk+(www.projectgear.com) e Primavera’s Monte Carlo (www.primavera.com) são os mais conhecidos para a quantificação dos riscos.
O desenvolvimento da resposta ao risco são os tratamentos dados às etapas e às ações para minimizar os efeitos do risco negativo e para aproveitar melhor os riscos positivos.
O controle das respostas ao risco é o acompanhamento dos resultados. Sempre que um risco se tornar fato real, o controle re-alimentará os processos para novos riscos, em função das mudanças ocorridas.
Este processos interagem entre si bem como com as outras oito áreas do PMBOK.
 O Sistema da Qualidade de Software CMM ( Capability Maturity Model) desenvolvido pelo Software Engineering Institute (SEI), ligado a Carnegie Mellon University – USA (www.sei.cmu.edu), tem inserido uma metodologia de Gerenciamento de Risco, chamada de Software Risk Management (SRM). Esta metodologia utiliza alguns dos conceitos do PMBOK, aprofundando mais o modelo para os projetos de TI. O SRM é estruturado em três níveis. O primeiro nível é dividido em dois modelos, sendo o SA-CMM o de aquisição de software e o SW-CMM o de desenvolvimento. O segundo nível é dividido em três grupos de práticas, apresentadas como Avaliação de Risco de Software – SRE, Gerenciamento Continuo de Risco - CRM e Gerenciamento de Risco de Equipe – TRM.  O terceiro nível do Software Risk Management  é baseado em três construções básicas: Paradigma do Gerenciamento do Risco; Taxinomia do Risco; e Clínica do Risco.
O Paradigma de Gerenciamento do Risco advoga um conjunto de atividades para identificar, confrontar e solucionar os riscos. A atividade de identificação busca relacionar os riscos antes de eles se tornarem problemas reais. A atividade de análise transforma os dados sobre os riscos em uma informação para a tomada de decisão. A atividade de planejamento desenvolve um conjunto de ações para evitar e minimizar os efeitos dos riscos. A atividade de acompanhamento cuida de monitorar a situação de cada risco e as ações pertinentes. A atividade de controle corrige desvios do planejamento. A atividade de comunicação facilita a interação entre todos os elementos do modelo.
A Taxinomia do Risco segue o ciclo de vida do desenvolvimento e apresenta uma estrutura organizacional de dados e informações, criando uma metodologia para identificação dos riscos. A estrutura é dividida em três níveis: classes, elementos e atributos.
A Clínica do Risco é a construção que consolida as demais. Baseia-se em encontros periódicos que reúnem as práticas de gerenciamento de risco de todos os envolvidos, inclusive dos clientes, permitindo uma evolução constante no processo e um aprendizado sobre os problemas e soluções.
Os conceitos do PMI e do CMM são complementares e mostram a necessidade dos Gerentes de Projetos envolvidos com a Tecnologia de Informação de conhecerem e aplicarem as práticas de Gerenciamento do Risco para melhor desenvolver seus empreendimentos e poder garantir os resultados esperados. Os clientes cada vez menos aceitam a imprevisibilidade dos projetos de TI e seus altos custos . Por outro lado, a complexidade das soluções cresce aumentando as incertezas, num ambiente dinâmico onde não há tempo suficiente para a maturação das novas tecnologias. Este cenário requer melhor preparo do Gerente de Projeto em lidar com o desconhecido e o Gerenciamento  de Risco é, sem dúvida, um grande instrumento. Os interessados em participar de discussões sobre este tema poderão trazer suas dúvidas e experiências participando do PMI RIO.



Autor:
Walther Krause é Gerente de Tecnologia de Informação da IESA (Grupo INEPAR) e Vice-Presidente de Comunicação  do PMI RIO. E-mail: wkrause@uol.com.br .

16 de outubro de 2011

Gerenciamento de Projetos. Análise e administração dos riscos.

A análise e gerenciamento de riscos para um projeto, por si só, não garantiria o sucesso, mas nos previne perante situações adversas, dando a pauta sobre providências a serem tomadas em caso de surgimento de obstáculos e imprevistos, o que nos permitirá contornar de uma maneira mais criteriosa os problemas e diminuir os efeitos negativos dos mesmos. Estaríamos sempre um passo, quando não até dois ou mais, na frente do avanço das dificuldades, preparados e munidos dos chamados ”planos B”, que são o resultado de análises exaustivas, feitas com a intervenção de todos os fatores envolvidos, na tomada de decisões.

1. INTRODUÇÃO

- "...esse pessoal está brincando com fogo, eu não teria entrado nunca num projeto milionário desses, da forma em que eles entraram..."

- "Preocupa não!. Não é a primeira vez que eles fazem alguma coisa parecida. Eu trabalhei naquela empresa e sei muito bem qual é o segredo: eles contam com uma equipe de gerenciamento de projetos competente demais, capaz de fazer uma análise de riscos, que realmente faz toda a diferença, fora de outros aspectos interessantes que aprendi com eles."

- "Mas..., dá certo?"

Provavelmente, este diálogo resulte familiar para alguns dos leitores do presente artigo, fundamentalmente a postura inclinada para o cepticismo, encontrará vários partidários e muitas pessoas se identificarão com as palavras do primeiro interlocutor.

2. GENERALIDADES

Por razões óbvias, não citaremos a empresa de referência, objeto do diálogo anterior.

O presente material é o resultado de uma combinação, entre o que os estudiosos indicam que deve ser feito em matéria de análise e gerenciamento de riscos e as melhores práticas observadas e experimentadas, durante longos anos de trabalho.

Visto de uma maneira mais abrangente, o gerenciamento de projetos de automação industrial, como mais um empreendimento, não difere substancialmente da proposta feita pelo PMBOK[1] [PMI[2], 2004], para projetos de maneira geral, mas dadas as características inerentes ao caso e de certas particularidades e complexidades, pretendemos chamar a atenção sobre as experiências obtidas nesta área.

Relembrando o conceito de Risco, temos que: financeiramente falando, o risco pode ser definido como uma medida da incerteza associada aos retornos esperados sobre os investimentos (VPL – Valor Presente Líquido).

Ao tempo que o risco, é visto em sua concepção mais intrínseca como um elemento negativo, hoje reconhece-se que pode representar tanto uma ameaça quanto uma oportunidade para o projeto, proporcionando avaliações pessimistas e também otimistas ao fazermos as estimativas dos mesmos.

É de destacar, que nem sempre o risco constitui uma surpresa. Em ocasiões, os responsáveis pelos projetos, assumem eles, já predeterminados e contemplados na etapa da licitação. Aliás, a cada dia esta prática, dado o matiz acirrado das concorrências para ganhar os projetos, vem crescendo e as empresas aperfeiçoando a maneira de dar seguimento aos riscos concebidos para serem assumidos pelos projetos, com antecipação.

Não há atividade humana isenta de riscos, considerando um risco primário latente que é a impossibilidade de prever com exatidão a durabilidade dos recursos humanos, o fim da vida não está condicionado à fatores esperados por problemas digamos de saúde somente, senão também à fatalidades e acontecimentos fortuitos. A disponibilidade prevista para estes recursos, também não poderá ser determinada com 100% de precisão.

3. TOLERÂNCIA AOS RISCOS

Como já foi apontado, não existem projetos sem riscos e além disso, todo risco, tem a capacidade de impactar no projeto, sendo a dimensão deste impacto, uma das condições a analisar em quanto ao tratamento, ou seja, se é administrado, se são tomadas providências para evitá-lo ou simplesmente se assumem atendendo à várias razões.

Analisando a postura a seguir em quanto aos riscos teremos:

- Por um lado é muito provável que o custo das medidas a tomar para as correções necessárias, supere o montante dos danos causados pela ocorrência do evento.

Esta abordagem é válida quando as despesas das conseqüências do provável risco são praticamente desprezíveis com relação ao valor total do projeto e ao mesmo tempo, absolutamente insignificantes.

Nestes casos pode-se decidir não gerenciar este risco e que o projeto absorva os custos, caso vier a ocorrer.

Alertamos que seria bom fazer as considerações não só desde o ponto de vista financeiro, senão prever os efeitos morais dos fatos, o quanto representam para a imagem do empreendimento. Às vezes, uma falha pequena, pode representar muito para o emocional e este tipo de situação não é nada conveniente.

- Pesquisar a probabilidade da incidência do risco analisado. Observar as chances, de acontecer o que foi identificado em número de vezes.

Um risco avaliado como pequeno, aparecendo de maneira reiterada, pode acarretar problemas maiores.

De maneira geral, em qualidade de procedimento, cada empresa deve determinar o nível de tolerância para cada risco, para a partir daí, ter-se-a uma noção da aplicação dos nossos esforços e atenções, sendo que por definição, os que estiverem classificados abaixo do patamar de aceitabilidade, não serão gerenciados em princípio e com certeza os que estiverem acima, receberam a maior dedicação e um cuidado mais intenso.

Esta definição está muito vinculada à cultura de cada organização, aos seus métodos de trabalho, ao alinhamento que fez do seu plano de estratégias para gerenciar os projetos. Com isto, chamamos a atenção, sobre a impossibilidade de copiar automaticamente de uma empresa para outra. Cada uma tem os seus próprios objetivos e estilos de trabalho, porém terá também a sua própria classificação, fazendo com que adote posturas diametralmente opostas à das outras, no que se refere a tomada de decisão com relação à administração dos riscos.

As restrições tanto de capital financeiro como humano podem influenciar na solução adotada o que fará com que exista um diferencial significativo no posicionamento de uma instituição com relação à outra, perante uma mesma disjuntiva. Sempre distintos pareceres poderão ser cogitados e resolvidos.

Caberá ao cliente, negociar e ficar atento ao tipo de resolução assumido. Por vezes uma decisão, descarta as restantes e sempre é indicado, conhecer quais foram as alternativas afastadas do consenso final e se possível auxiliar ao fornecedor na revisão e implementação do que foi decidido.

4. GESTÃO DE RISCOS

Para identificar e administrar os riscos, parte-se de uma integração multidisciplinar que contempla os passos e eventos a seguir no caminho, em prol da resolução dos problemas concernentes a este item, de maneira contínua e regular, ao longo do ciclo de vida do projeto.

A identificação dos riscos deve considerar tanto os riscos internos quanto os externos ao projeto.

São considerados riscos internos, aqueles que ficam sob o controle e/ou estão sujeitos a influência da equipe do projeto, como por exemplo, a definição dos recursos humanos, estimativas de custos, reformulação do planejamento, seguimento do cronograma de eventos próprios, etc.

Por outro lado, classificam-se como riscos externos, aqueles que estão fora do controle e/ou da influência da equipe que gerencia o projeto, podendo citar, as mudanças do mercado, decisões políticas do governo, catástrofes naturais, problemas sociais regionais, etc.

Fundamentos do processo de identificação dos riscos:

- Consideram-se prováveis todas as possíveis conseqüências, não é o momento de descartar nenhuma possibilidade por inverossimil que aparente ser, dentro dos marcos da racionalidade;

- O risco é geralmente conhecido de maneira parcial, as dimensões reais não são facilmente enxergáveis. O mais comum é se ter uma noção;

- Ciência absoluta da capacidade humana de mudar o curso dos acontecimentos, confiar na inteligência e na experiência, para ajudar a desvencilhar os problemas e acertar o projeto;

- O tempo e sucessivos eventos, fazem com que mude a natureza qualitativa e quantitativa do risco previamente identificado. Tudo está sujeito à alterações, nada permanece estático.

Como resultado da atuação desta disciplina, as preocupações, dúvidas, incertezas, assim como os nossos desconhecimentos irão-se transformando e surgindo as devidas medidas para anular ou reduzir os efeitos negativos.

Diretamente proporcional ao porte e a complexidade do projeto, será o nível das incertezas que se têm sobre o mesmo. Estes índices determinam em grande escala, os acordos a serem feitos.

4. 1 Metodologia

O gerenciamento de riscos, mesmo sendo bem estudado e analisado no PMBOK, tem características bem peculiares em cada organização, obedecendo entre outros aspectos, à cultura da própria empresa.

Uma apropriada identificação dos riscos no projeto que nos ocupa, em sua fase inicial, que possibilite a organização eficiente dos processos assim como a sua correta administração, conduzirão provavelmente à elevação do nível de satisfação do cliente e por conseguinte, consagrará a imagem da empresa.

Estes dois momentos estão estreitamente interligados.

Segundo o PMBOK as áreas do conhecimento, em matéria de gerenciamento de projetos são:

1.- Integração;
2.- Escopo;
3.- Tempo;
4.- Custo;
5.- Qualidade;
6.- Recursos Humanos;
7.- Comunicação;
8.- Risco;
9.- Aquisições.

O processo de plano de riscos, como parte integrante das áreas do conhecimento, está dividido em cinco etapas:

. Planejamento do Gerenciamento de Riscos.
. Identificação dos Riscos.
. Análise Qualitativa de Riscos.
. Análise Quantitativa de Riscos.
. Planejamento de respostas aos riscos.

4.1.1 Princípios metodológicos do gerenciamento de riscos, nos projetos de automatização.

Para a empresa, o processo de identificação e gerenciamento de riscos, é visto como um iceberg, do qual só aparecem algumas relativamente pequenas partes, mas a maior está submersa, e sobre ela repousam a satisfação do cliente e a imagem da nossa organização.
Esta análise, na etapa de identificação, divide-se em cinco grandes grupos:

1.- Avaliação dos riscos dos prazos de entrega dos diferentes eventos.
Considera-se essencial o conhecimento das necessidades reais de tempo por parte do cliente.

Qualquer problema imprevisto deve ser comunicado, para permitir a rápida ação corretiva e evitar novos riscos, uma sequência desgastante de situações até chegar a ser insustentável.

Contemplar as cláusulas de multas e penalidades vigentes, problemas com a rede de transportação e fretes, custos financeiros, assim como custos técnicos e de fabricação extras.

2.- Avaliação de riscos técnicos.

Tecnologias não dominadas e não testadas, têm uma altíssima probabilidade de constituir fonte de não conformidades, baixa qualidade, reengenharias, mudanças não previstas no processo de fabricação, de lugares, até chegarmos à impossibilidade técnica de atender aos requerimentos definidos.

É necessário obter informações sobre a competência do cliente, sobre suas reais necessidades e checar se procedimentos padrões são aceitos por este, o que nos ampara das sequelas do clássico método de tentativa e erro.

Também devemos pensar sobre a capacidade técnica de nossos fornecedores, fundamentado nas informações pesquisadas, sobre as possibilidades industriais deles e suas habilidades e expertises técnicas.

3.- Avaliar os riscos dos fornecedores e fornecimentos.

Analisar a capacidade das falhas dos fornecedores para honrar os seus compromissos, atendendo aos prováveis problemas de fabricação, financeiros, confiabilidade dos tempos de entrega, a posição da empresa perante cada um deles e a nossa influência sobre estes, comparando com a possível ingerência dos competidores diretos.

Para estes fins, devemos obter informações sobre o grau de confiabilidade de cada fornecedor e evitar fechar contratos sob pressões e com pessoal imposto.

4.- Avaliar os riscos dos clientes.

Analisar as falhas dos clientes para cumprir seus compromissos, considerando problemas internos tais como o pouco domínio das suas necessidades, os problemas com a aprovação de documentos, as falhas nas entregas, indisponibilidade dos locais, problemas nos pagamentos, etc.

A origem dos problemas acima citados deverá ser enquadrada nas categorias de incompetência, dificuldades financeiras ou procedimentos incorretos na gestão de contratos.

Para garantir uma cobertura com relação aos tópicos citados, devemos obter informação do cliente (mesmo sendo subsidiários de grandes empresas), avaliar as possibilidades reais de receberem créditos, tomar todo tipo de cuidado, especialmente com aqueles que são desconhecidos ou pouco conhecidos e utilizar e pesquisar os dados destes.

5.- Outros riscos para projetos de automacão.

Nesta categoria entram itens de índole variada, tais como:

.Riscos políticos: situações domésticas como guerras civéis, conflitos internos do país ou da região, restrições à exportações e importações, embargos econômicos, etc.

.Taxas, impostos e particularidades regionais: para as atividades de exportação e importação, a política e o processo de aplicação dos impostos, podem resultar muito complicados.

.Riscos de câmbios monetários: suprimentos exportados e importados em moedas diferentes, sujeitos à flutuações cambiais.

Nestes casos teremos que recorrer ao auxílio dos peritos no assunto com urgência.

.A não existência ou inadequação de procedimentos para aceitação, aprovação e gerenciamento de alterações e/ou reclamações no projeto.

. Há datas de entrega críticas e garantias atreladas à desempenho, tempos de respostas, disponibilidade, funcionalidade que implicariam substanciais perdas, caso não atingidas.

.O projeto contempla o uso de produtos não oficializados como softwares, etc.

.A solução proposta estará sendo implementada pela primeira vez.

Pretendemos usar novas tecnologias e aplicativos que nunca foram provados diretamente na indústria. A solução proposta, não faz parte das competências da organização. Nunca antes executamos um projeto com características similares.

. Existem exigências específicas de segurança de TI, testes, normas e padrões especiais a seguir.

Todos estes elementos são tidos em consideração fundamentalmente pela nossa empresa no processo de identificação e gerenciamento de riscos nos projetos de automatização industrial.

4.2 Padronização

Uma vez adquirida certa experiência particular e observando as melhores práticas generalizadas na atividade de identificação e administração dos riscos, é aconselhável, sempre que possível e sem deixar de atender as particularidades que fogem das regularidades de cada processo, submeter as análises à procedimentos padronizados.

Fazer levantamentos com check list enriquecidos pelos próprios conhecimentos acumulados e outros practicados na área à qual pertence o projeto em questão, o que possibilitará um ganho de tempo, além de poder contar com o domínio dos resultados esperados, com um nível alto de probabilidade assertiva.

Soluções padronizadas, costumam albergar aspectos mais viáveis para a adequação aos diferentes processos, ao tempo que abrangem uma quantidade significativa de situações e aspectos a serem levados em consideração.

Em projetos de automação, como em outros empreendimentos, a gestão de riscos é praticada ao longo de todo o ciclo de vida da atividade, incluindo as etapas de engenharia básica e detalhada, do comissionamento e start-up, assim como da fase final de operação assistida até a entrega do projeto.

A equipe de identificação de riscos, deverá funcionar como uma engrenagem muito bem articulada, onde cada integrante terá bem definida a sua área de atuação, a sua função e missão.

Estará devidamente treinada para identificar e ficar atenta nos futuros prováveis nuances, nas análises com os responsáveis e desenvolvedores e nos encontros com fornecedores, clientes e outros stakeholders.

4.3 Qualificação

Para centralizar as atividades de gestão integrada dos riscos e servir de interface entre todos os recursos, que devem se articular para o sucesso do empreendimento, sempre que a estrutura o permitir e até porque é corroborado pela experiência de gerenciamento de projetos, deverá ser nomeado de maneira formal um analista de riscos.

Este há de se reportar diretamente ao gerente do projeto, como figura máxima e responsável, estabelecendo relações bem estreitas com a coordenação de planejamento e os especialistas de custos e juntos configurar a estratégia oficial para os devidos assuntos.

Além do nível educacional requerido para a função, a escolha obedecerá a critérios de experiências no ramo de gerenciamento. A realidade também se inclina por outrora desenvolvedores e integradores que se destacaram e mostraram de maneira evidente uma visão macro das atividades, conseguindo resultados positivos durante o trabalho. Eles podem elevar o grau de aprofundamento e de incorporação das diferentes arestas dos problemas.

Não existindo esta alternativa por questões internas da organização, esta função poderá ser acumulada por alguma das entidades com as quais interagiria este funcionário.

Destacamos, que mesmo terceirizando-se o projeto, a empresa responsável, também o será pela condução dos processos de identificação e análise dos riscos. Isto não elimina a possibilidade da empresa contratada, habilitar um funcionário para desempenhar estas funções, dada a importância e o peso desta atividade para garantir os objetivos propostos.

O gerente do projeto, deverá garantir autorização ilimitada, ou seja, dar liberdades para que o analista de risco desempenhe suas funções a plena capacidade, para identificar, prever efeitos e considerar formas de evitar e/ou estruturar providências a tomar, uma vez que o mesmo acontecer.

Deste profissional, exigem-se aptidões especiais de facilidades de comunicação e de integrar diferentes setores, uma pessoa de fácil tratamento e que a sua vez constitua um facilitador das sessões de trabalho de identificação e das pesquisas associadas e não vier a tornar-se um empecilho, por causa de algumas deficiências pessoais de comportamento ou insuficiências de caráter.

Ao mesmo tempo, deverá possuir capacitação intelectual considerável no domínio correto da linguagem coloquial, habilidades para redigir os relatórios técnicos acorde com os requerimentos estabelecidos, de forma clara e explícita, aplicando o poder de síntese com a capacidade de incluir os detalhes relevantes, sem esquecer nenhum tópico de interesse.

O colaborador que ficará por conta da coordenação desta área, deverá possuir conhecimentos do processo de maneira global, destacando também aspectos relativos à manutenção e segurança dos trabalhos, como complemento essencial à suas funções e ao serviço que estará prestando.

O analista de riscos , deverá treinar ao máximo a sua capacidade de observar e conformar uma visão crítica do projeto, apontado para os pontos fracos e fortes do empreendimento, acusando as fragilidades ou ameaças assim como vantagens e oportunidades no andamento dos processos.

Zelar pela superação e aperfeiçoamento das decisões e colocações, assim como transmitir esse espírito a todos os envolvidos nestas atividades, o que facilitará por conseguinte o seu próprio desempenho.

O departamento de qualidade da empresa, terá dentre suas funções, a de criar os procedimentos necessários que regulem esta atividade, assim como os documentos a serem apresentados.

4.4 Controle

Um dos grandes problemas na concepção e andamento das atividades e de todo processo, e infelizmente no gerenciamento de projetos está presente, em específico na gestão de riscos, é a pouca importância dada ao controle dos procedimentos aprovados, às regulamentações previstas, a não canalização das intervenções ou até o esquecimento desta função.

É responsabilidade do profissional encarregado de atender a área de gestão de riscos, implementar uma adequada gestão da documentação e manutenção das bases de dados, registros históricos, documentos adicionais, referências, etc. utilizados nos trabalhos correspondentes, para facilitar o controle.

A fase de controle contempla a criação de um cronograma abrangente de todas as atividades, envolvendo processos, responsáveis e executantes, assim como estabelecer a regularidade do acompanhamento e a análise com todos os envolvidos no cumprimento ou não do previsto, convocando as reuniões para estes fins.

Independentemente dos eventos acima citados, onde estarão presentes todos os interessados, o controle por parte do gestor ou de um outro profissional escalado para efetuar a verificação e revisão direta do plano de gerenciamento de riscos, deverá ser constante.

Este deverá informar com antecipação, alertar sobre elementos críticos, recursos não garantidos, prováveis impactos negativos, caso uma ou mais atividades mantenham um comportamento fora do planejado e de maneira prejudicial.

O plano de gestão de riscos, deverá ser literalmente monitorado, com o intuito de prever resultados negativos e complicações à curto, mediano e longo prazos, ao tempo que pode indicar um sinal para uma nova reavaliação dos riscos, caso fosse necessário.

O controle dos itens relativos à riscos, além de velar pelo cumprimento do objetivo final e outros parciais do projeto, garantem a qualidade do processo como um todo.

5. CONCLUSÕES.

Do acima exposto podemos inferir que a gestão de riscos nada mais é que o somatório de ações focadas na identificação e análise de fatos do projeto e da estória das empresas envolvidas.

Um bom projeto não se resume à adequação técnica do previsto. Fatores como atendimento à expectativas pessoais e profissionais, gerenciamento de custos e prazos, planejamento e controle de todas as atividades, etc., devem ser considerados, identificados seus impactos e riscos e, se possível, mitigados.

Entretanto não é fácil implementar este tipo de análise na rotina dos empreendimentos sem o compromentimento de todos os envolvidos, desde a alta gestão ao executante. Precisamos fazer desta ferramenta, Análise de Riscos, parte da cultura da execução.

A satisfação do cliente e do fornecedor e o consequente sucesso de um projeto, estão intimamente relacionadas com o atendimento a todas as demandas do empreendimento.

Além de terem-se atingido os objetivos já citados, indiscutivelmente o êxito do resultado final corresponderá ao desenvolvimento pleno das relações humanas.

6. REFERÊNCIAS.

1.- Auger Laurent. Consultation selling. The fundamentals of tender and contract management. September 2008.

Abreviaturas

[1] PMBOK – Project Management Body Of Knowledge
[2] PMI – Project Management Institute

Agradecimentos: Carlos Kreuzer

13 de outubro de 2011

Gerenciamento de Risco

Os Riscos de projeto são um conjunto de eventos que podem ocorrer sob a forma de ameaças ou de oportunidades que, caso se concretizem, influenciam o objectivo do projeto, negativamente ou positivamente.
A noção de risco é diversa, e muda consoante o enquadramento que deu origem à metodologia de gestão de risco em causa. Na metodologia Risk Mangement Guide for DOD Acquisition (2002), o risco é definido como sendo “… a atenção dirigida à ocorrência de eventos futuros, cujo exacto resultado é desconhecido, e com a forma de lidar com essa incerteza, i.e., a amplitude de possíveis resultados. Inclui o planeamento, identificação e análise de áreas de risco e o desenvolvimento de opções para lidar e controlar o risco.”. Porém outro tipo de definições, igualmente abrangentes, podemos encontrar em manuais publicados pela US Project Management Institute (PMI) e pela UK Association for Project Management (APM), embora muito semelhantes entre si:
  • Risco – evento ou condição incerta que, se ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objectivo do projecto, como tempo, custo, âmbito ou qualidade – PMI, PMBOK Guide 2004, pag. 238;
  • Risco – determinado evento ou conjunto de circunstâncias que, ao ocorrerem, terão efeito sobre a concretização dos objectivos do projecto – APM (1997, pág.16);
O RAMP Guide, 2nd. Edition, define o risco como sendo, num sentido lato, o impacto potencial de todas as ameaças e oportunidades que possam afectar a concretização dos objectivos de um investimento.
A FERMA – Federation of European Risk Management Associations, adopta a definição de risco conforme estabelecido na ISO/IEC Guide 73, ou seja, é a combinação da probabilidade de um acontecimento e das suas consequências.
A necessidade de gerenciar riscos decorre, principalmente, da consciência de existência de factores, internos ou externos ao projecto, cujo desencadeamento, ao longo do seu ciclo de vida, podem fazer alterar o objectivo do mesmo. A identificação desses factores e/ou das suas causas, constitui uma das etapas fundamentais, de qualquer metodologia de gestão dos riscos. O tipo de risco, a sua probabilidade de ocorrência, ou o seu impacto sobre o projecto, variam ao longo do ciclo de vida do mesmo, sendo por isso necessário proceder-se à identificação dos riscos, em todas as suas fases.
Estes dois conceitos (oportunidade e ameaça) estão, invariavelmente, presentes em quase todas as definições de risco que são utilizadas pelas diversas metodologias de gestão do risco e da própria FERMA – Federation of European Risk Management Associations. Não se deve relevar as oportunidades em detrimento das ameaças, ou vice-versa, as preocupações relacionadas com ambas não se devem mutuamente excluir. Este aspecto é referido em Project Risk Management, Processes, techniques and insights, 2nd. Edition – Chris Chapman and Stephen Ward, sublinhando, mesmo, que “Oportunidades e ameaças podem, por vezes, serem consideradas separadamente, mas raramente são independentes, tal como duas faces da mesma moeda só podem ser analisadas uma de cada vez, mas não são independentes quando lançamos a moeda.”. Há uma certa tendência em considerar o risco em termos negativos, quanto às suas consequências. É um facto que a ocorrência de riscos, não considerados, podem ter efeitos negativos no projecto. Mas não devemos esquecer que, também, se podem traduzir em potenciais oportunidades. Esta é a parte da equação que, geralmente, é ignorada. O pode ser percepcionado como uma ameaça, para determinada pessoa pode, a mesma circunstância pode ser encarada como uma oportunidade para outra pessoa. Depende em que nível do contrato nos posicionamos (Cliente, Fornecedor…), e da aversão ao risco que cada um tem, de acordo com as suas experiências.
Existem diversas metodologias, de gestão dos riscos, sendo a FERMA - Federation of European Risk Management Associations, uma norma que surgiu por necessidade de uniformização dos conceitos, processos e metodologias, associadas à gestão dos riscos. Algumas das principais metodologias, são:
  • PMBOK do Project Management Institute (PMI)
  • RISMAN - Risk Management
  • SHAMPU - Shape, Harness and Manage Project Uncertainty
  • RAMP Guide - Risk Analysis an Management for Projects
  • PRAM Guide - Project Risk Analysis and Management

    Planejamento de Gerência de Riscos

    O Planejamento de Gerência de Riscos tem por objetivo decidir como abordar, planejar e executar as atividades de gerenciamento de riscos de um projeto originando.
    Saídas:
  • Metodologia
  • Funções e responsabilidades
  • Orçamentação
  • Tempos
  • Categorias de risco
  • Definições de probabilidade e impactos de riscos
  • Matriz de probabilidade e impacto
  • Revisão das tolerâncias das partes interessadas
  • Formatos de relatório
  • Acompanhamento

Identificação de Riscos

Determinação dos riscos que podem afetar o projeto e documentação de suas características. São utilizados como métodos revisões da documentação, técnicas de coleta de informações e brainstorming. Técnicas de coleta de informação, Análise da lista de verificação, Análise das premissas e técnicas com diagramas;
Saídas:
  • Lista de riscos identificados
  • Lista de respostas possíveis (Hipóteses)
  • Causa-raiz do risco
  • Categorias de risco atualizadas

Análise Qualitativa de Riscos

Priorização dos riscos para análise ou ação adicional subsequente através de avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto. A análise qualitativa de riscos avalia a prioridade dos riscos identificados usando a probabilidade deles ocorrerem, o impacto correspondente nos objetivos do projeto se os riscos realmente ocorrerem, além de outros fatores, como prazo e tolerância a risco das restrições de custo, cronograma, escopo e qualidade do projeto.
Saídas:
  • Classificação relativa ou a lista de prioridades dos riscos do projeto
  • Riscos agrupados por categoria
  • Lista de riscos que exigem resposta a curto prazo
  • Lista de riscos para análise e respostas adicionais
  • Lista de observação de risco de baixa prioridade
  • Tendências dos resultados da análise qualitativa de riscos

Análise Quantitativa de Riscos

Análise numérica do efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto. A análise quantitativa de riscos é realizada nos riscos que foram priorizados pelo processo Análise qualitativa de riscos por afetarem potencial e significativamente as demandas conflitantes do projeto. Analisa o efeito desses eventos de risco e atribui uma classificação numérica a esses riscos. Ela também apresenta uma abordagem quantitativa para a tomada de decisões na presença da incerteza.
Saídas:
  • Análise probabilística do projeto
  • Probabilidade de realização dos objetivos de custo e tempo
  • Lista priorizada de riscos quantificados
  • Tendências dos resultados da análise quantitativa de riscos

Planejamento de Resposta de Risco

Desenvolvimento de opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as vulnerabilidades encontradas no projeto.
Saídas:
  • Registro de riscos (atualizações)
  • Plano de gerenciamento do projeto (atualizações)
  • Acordos contratuais relacionados a riscos

Monitoramento e Controle de Risco

Acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação dos novos riscos, execução de planos de respostas a riscos e avaliação da sua eficácia durante todo o ciclo de vida do projeto.
Saídas:
  • Registro de riscos (atualizações)
  • Mudanças solicitadas
  • Ações corretivas recomendadas
  • Ações preventivas recomendadas
  • Ativos de processos organizacionais (atualizações)
  • Plano de gerenciamento do projeto (atualizações)
Há a integração destes processos tanto entre si como com processos de outras áreas de conhecimento.
Para ser bem sucedida uma empresa deve estar comprometida com uma abordagem de gerenciamento de riscos pró-ativa e consistente durante todo o projeto.

Retirado http://pt.wikipedia.org

Código de Ética e Conduta Profissional

O PMI (Project Management Institute) mantém um Código de Ética e Conduta Profissional (Project Management Institute Code of Ethics and Professional Conduct), criado para incutir confiança à profissão de gerenciamento de projetos e auxiliar os praticantes a se tornarem melhores profissionais. Para isso, o código descreve as expectativas que os profissionais de gerenciamento de projetos tem de si e de seus colegas. Ele exige que os profissionais demonstrem compromisso com a conduta ética e profissional, sendo específico quanto à obrigação básica de responsabilidade, respeito, justiça e honestidade. Isso inclui respeitar as leis, regulamentos e políticas organizacionais e profissionais.

Análise dos Stakeholders

O conjunto dos interessados (stakeholders) de um projeto engloba todas as pessoas que de
alguma forma
podem influir no sucesso do projeto. Assim considera-se interessado desde o
patrocinador, os fornecedores, os membros da equipe de projeto, os membros da diretoria da
empresa e o público externo (usuários e vizinhos) que seja afetado pelo projeto. Cada

projeto tem seu grupo de stakeholders próprio.
A questão crítica é identificar todos os que
podem influir.


No caso de uma represa, pelas dimensões do empreendimento haverá impacto para os moradores
da região e ao longo do rio. Estas pessoas são afetadas pelo resultado do projeto e podem influir de várias formas no andamento dos trabalhos, desde colaborando com as equipes de construção até 
obstruindo a obra com denúncias junto aos orgãos de controle ambiental. Uma atitude pró-ativa por
parte do Gestor do Projeto é estabelecer um canal de diálogo com este grupo, ou grupo(s), para 
evitar supresas que tenham impacto negativo no andamento dos trabalhos.

Normalmente, como no caso acima, nos preocupamos com as ameaças externas, esquecendo que os
maiores perigos
podem estar mais próximos, dentro de casa. Pense no caso dos acionistas e diretores
da empresa. É tentador supor que estão todos
interessados no sucesso do projeto para o bem da
empresa, mas o
s acionistas podem ser um problema se têm uma mentalidade de maximização dos
lucros no curto prazo e/ou se preferem assumir um mínimo de risco na operação, o que pode tirar espaço
para a inovação. Um diretor com uma visão
de curto prazo, preocupado só com o seu bônus anual,
pode ser um problema quando começa a reter recursos vitais para o sucesso do projeto.


A Análise dos Stakeholders é um processo sistemático de coleta e análise de informação sobre
os interesses, objetivos e preferências dos interessados para se mapear os riscos e as necessidades
de comunicação do projeto. Resumidamente, as etapas são estas:

O primeiro passo é determinar quem pode afetar o projeto. A lista deve ser exaustiva como dissemos.

O segundo passo é identificar os pontos de contato de cada interessado com o projeto. Pessoas que
estão realizando o trabalho diariamente têm maior influência do que fornecedores pontuais.

O terceiro passo é identificar como cada interessado pode ajudar e atrapalhar o andamento do projeto,
são as
influências positivas e negativas.

O quarto passo é quantificar os graus de poder/influência e interesse de cada interessado. Isso pode ser
subjetivo obtido a partir do levantamento do comportamento passado ou mais objetivo usando um
modelo probabilístico.


Para sistematizar a sua análise, faça uma planilha com os nomes/cargos dos interessados na primeira
coluna. Na segunda coluna você
lista as influências positivas e na terceira as negativas. Na quarta
coluna coloque uma
uma nota de 1 a 10 para dimensionar o grau de poder (influência) que cada
interessado tem no projeto (10 é o máximo). Na quarta e
quinta colunas coloque o grau de interesse
(de 0 a 10) no projeto.

Na tabela de análise, você pode colocar uma sexta coluna indicando como você vai tratar cada interessado,
que pode ser: monitorar (acompanhar a distância), manter informado (este caso já merece que se formalize a
comunicação no Plano de Comunicação), manter satisfeito (além de informado, este nível exige um
acompanhamento das expectativas) e gerenciar (nível máximo de acompanhamento, com contato frequente
e muita transparência). Como o patrocinador tem poder total sobre todas as etapas do projeto, ele é um
stakeholder crítico que deve ser gerenciado, ie. deve receber um acompanhamento muito próximo.

Pela natureza do seu conteúdo, este documento é estratégico e sigiloso. Ele tem este aspecto:




Uma ferramenta gráfica que se usa nesta tarefa é um mapa com dois eixos: o de poder (vertical) e o
de interesse (horizontal). Coloque os interessados no mapa segundo os parâmetros da análise que você
já fez como neste diagrama:

Este diagrama segue esta estrutura:


Para entender o interesse de um stakeholder no projeto, pense no que ele tem a ganhar ou perder com o
sucesso do projeto e não se esqueça de que mesmo as pessoas "racionais" têm comportamentos "irracionais".
A língua alemã tem até uma palavra para a sensação que se tem diante do infortúnio alheio: "schadenfreund".
Claro que se você puder fazer algo para vencer as resistências conhecidas, essa é uma boa hora
para pensar nas estratégias para reverter opositores em aliados ou, pelo menos, em neutros.

Pense no exemplo do gerente de outra área que pode estar interessado no fracasso do seu projeto. Para isso,
ele pode desde ativamente trabalhar contra ou simplesmente ser um potencial concorrente para os escassos
recursos que o projeto demanda. Não se trata só de dinheiro: suponha que há um grande especialista no
assunto que seu projeto necessita e este concorrente interno o requisita justamente quando você precisa
dos conselhos deste especialista.

Não há como buscar este recurso no mercado já que este profissional é altamente especilizado e deve
possuir um profundo conhecimento das pecualiaridades dos produtos que sua empresa fornece.
Ao retirar a possibilidade de contar com o especialista, o concorrente interno efetivamente impactou
o seu projeto e isso deveria ter sido previsto antecipadamente. Discutimos mais esse tópico ao falarmos
sobre a Gestão de Riscos.

Relato uma situação que vivi, só omitindo os nomes para ser elegante. Fui chamado para implantar um
serviço numa empresa que já tentara isso duas vezes no passado, com seus colaboradores.

Procurei saber porque o projeto não deu certo. Conversando com várias pessoas fui informado de que na
primeira vez o engenheiro destacado era da velha guarda e não concordava com a forma como o serviço
seria implantando e sabotou o trabalho. Como este profissional não dominava o indioma inglês, a versão
oficial era que ele
não conseguia se comunicar com os "gringos". Depois foi chamado um jovem engenheiro
que falava inglês para ajudar o mais experiente a
implantar o serviço. O engenheiro mais velho se sentiu
humilhado por ter de se reportar a uma pessoa bem mais jovem,
uns 30 anos mais jovem. Quando eu
fui conversar com ele, ele me recebeu com duas pedras na mão: queria saber quanto
eu entendia da solução
técnica e me sabatinou.


Naquele momento eu sabia bem menos do que ele, mas disse-lhe que gostaria de estudar a questão a
fundo e precisaria
da sua ajuda neste processo. Eu deixei claro que era consultor externo e não pretendia
me empregar naquela empresa, de
forma que não deveria ser visto como um concorrente para ele.
Mesmo assim trabalhei com cuidado para evitar qualquer ofensa
e mantive uma postura de bom discípulo
do "mestre". Eu comprei livros, estudei a tecnologia e em duas semanas dominava a questão
técnica.
Fiz ao engenheiro uma série de perguntas que lhe mostraram que eu entendia o assunto e ele se acalmou.

O segundo passo foi estabelecer contato com os técnicos no exterior,
que se sentiram mais
tranquilos diante da minha fluência no idioma e me confessaram espanto com o atraso na implantação.

Eu estabeleci um bom relacionamento com eles e sabia o que tinha de fazer do nosso lado, mas ainda
assim não conseguia fazer o projeto andar.

Neste momento, o velho engenheiro
foi indispensável para o sucesso do trabalho pois ele conhecia
todos os técnicos da empresa e lhes pedia atenção especial ao nosso projeto
. Cada vez que era atendido,
ele se gabava de sua senioridade e respeito por todos os outros técnicos,
muitos "ele mesmo ensinara a trabalhar".
No final, com o serviço operacional ele veio me agradecer por ter tirado uma pedra
do seu sapato e ficamos
bons amigos. Até hoje ele me chama de seu "pupilo".


Se alguem ainda pensa que isso tudo é perda de tempo, é porque nunca teve uma experiência ruim.
Quando faço coaching de profissionais, eu exijo a planilha detalhada de análise porque ela indica o quanto o
Gestor conhece o terreno onde pisa.
Muitas vezes ficamos horas discutindo os detalhes de cada
interessado crítico. Mas para isso agregar valor, você precisa partir de dados concretos, portanto comece
fazendo um levantamento completo. Com qualquer destas ferramentas, o importante mesmo é investir no
levantamento de informações sobre cada participante e refletir sobre seus interesses e objetivos com o projeto.
Só assim você evita surpresas desagradáveis lá na frente.


Boa Sorte !

Retirado do blog:  http://www.gestaodeprojeto.info